domingo, 20 de novembro de 2011

[re]nascimento

Você cansou de ser a escória do submundo
Transbordou lágrimas de sangue oxigenadas
Deixou refletir uma imagem distorcida
Do seu rosto, tateou na escuridão
E encontrou aquilo que não queria
Mordeu o pedaço mais amargo do fruto
Entre pétalas, doçuras e borrões
Deixou a melhor fatia da vida ser engolida
E deglutida por aqueles que não sabem o que querem
Quebre as correntes que te prendem e mova seu corpo maltrapilho
Enfrente seus medos e enfie uma adaga na alma miserável
Derrube os sonhos românticos e abrace a realidade com furor
Você que passa o dia alienado e dorme sonhando
Com mundos e universos que não são nada
Apenas uma doce ilusão que destila seu pior veneno
No seu cérebro moribundo e fétido
Não aceite a luz como verdade
Construa sua própria realidade
Em meio a tantas balelas, mazelas, sequelas
Saia do estupor leviano!
Saia da caverna de mentiras!
Seja parido novamente!
E venha ao mundo com a sensatez
De um ser racional


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