terça-feira, 22 de novembro de 2011
da overdose do ser.
Transtornos retornam ao miolo
Tremendo convulsivamente
Entorno a garrafa de Stolichnaya
Na blusa manchada de batom
Do copo suado sobre a mesa
Escorrem gotas de neon
O corpo suado explode
Num ímpeto tesão
Batalhas silenciosas
Mundos que se chocam
Chocados, caem desconfigurados
Mas quando?
Frio pesadelo de arrepiar a espinha
Uma dose de mercúrio
Paralisa o feto inquieto no breu,
Uma dose de chumbo,
Uma dose de manganês
Para esquecer a dor latente
Uma dose de conhaque
Uma dose de uma dose
Consumindo gota a gota
Até atingir o estado gasoso do ser
Quando as moléculas agitam-se freneticamente
Misturam-se com o ar
Desaparecem sem deixar rastros
Somente o copo vazio e suado
Sem dose de nada
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