sábado, 1 de outubro de 2011

Belo monstro





Belo monstro
Abaité que povoa a nação
Das palmeiras e dos rios
Abundantes, contradizes
A nossa terra produzindo rios de mágoas
Que seres humanos são esses?
Que de humanos não entendem
Seres que não sabem ser
Amigos da natureza
Mostrai a eles, Monã
Toda sua força divina
Exterminai os espíritos malignos
Que nos perseguem e nos escravizam
Desde quando descobriram a terra do pau-brasil
Que monstros boçais!
Andira nos anunciou
Esse agouro chegaria aqui
E nada mais deixaria para nós
Nem para eles
Belo monstro
Dizei-me tu porque és tão cruel?
Explica-me essa usura
Qual a finalidade da ambição
Se um dia irás, assim como eu
Sentir o calor da terra?
Ai, belo monstro
Que de beleza nada tens
E de monstro és ainda menino
Belo monstro, monstro belo
Ser humano desumano
Meu chorar é tão singelo
Estamos caminhando para o fim
Monstro belo
Vejo o monte de monstros
Vês o monte de belos


Muitos acreditam no sucesso da usina de Belo Monte, eu não.

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